martes, 2 de junio de 2020

O seu Guia-Intérprete Filipe Alves foi honrosamente entrevistado por Cátia Garcia d`A Teia da Guia

- Porque consideras importante contratar um Guia-Intérprete Certificado? Na minha opinião é cada vez mais importante contratar um Guia-Intérprete Oficial pelo seu profundo background cultural; pela sua sensibilidade em saber como se deve dirigir aos diferentes tipos de público, e pela veracidade das informações que presta. Além disso, um guia é alguém que está receptivo a um diálogo, inclusive a ter a humildade de aprender com o cliente e de aceitar uma crítica construtiva; o guia cuida e preocupa-se com o bem-estar dos seus clientes. - O melhor e o pior desta profissão? O melhor – Não há nada como a gratidão: um sorriso, um obrigado, uma fotografia, um postal, uma carta... são as pequenas coisas que tornam esta profissão única e nos fazem ter orgulho no que fazemos. O pior – O desrespeito e a prepotência de alguns clientes. Somos seres humanos e sabemos que não podemos agradar a todos por mais esforços que façamos. Ainda assim, podemos engolir muitos sapos, mas levantamos a cabeça e mantemos o nosso profissionalismo como se nada fosse. A ligeira dor no peito que sentimos ao ter que dizer adeus a um grupo que foi uma extensão da nossa família. E o mais difícil... Para se ser guia tem de se saber lidar com a solidão durante os meses de inverno, e por vezes abdicar da vida pessoal e de momentos importantes da vida em prol do trabalho. - Onde é que os portugueses deveriam ir para fora cá dentro? Tenho de confessar que nunca fui à Madeira nem aos Açores (sim que vergonha...), mas em contrapartida conheço profundamente Portugal, mesmo antes de estudar na Eshte. Claro que essa pergunta é relativa... se uma pessoa gosta de praia diria São Martinho do Porto ou Quinta do Lago, se fosse uma escapadinha talvez Marvão e Portagem, mas... para mim Trás-os-Montes transmite-me muita calma, e a pequena aldeia de Rio de Onor é o paraíso e o lugar onde mais cedo ou mais tarde espero poder viver. - Qual a tradição portuguesa que mais toca o teu coração? Como nasci no Alentejo e tinha lá parte da minha família, todos os Verões ia às festas das aldeias com os meus primos e amigos... comer massa frita (aqui chamam farturas) e assistir às largadas de touros; também haviam bailaricos mas sempre fui pé de chumbo... - Recomenda um museu a descobrir? Sim, sem pensar duas vezes... O museu do Azulejo. No primeiro ano da Eshte o nosso professor de alemão (e GIN) Filipe Vitorino pelo qual nutro grande admiração, teve uma série de iniciativas culturais e levava-nos a museus e lugares de interesse turístico aos Sábados. A primeira visita foi precisamente ao museu do Azulejo e adorei... apaixonei-me por esse museu ao ponto de ser o primeiro estagiário a fazer visitas guiadas desde a abertura do museu (pelo que me disseram no MNAZ...). - Que livro de um escritor português não deveria faltar numa estante? Obviamente "O livro do Desassossego" de Fernando Pessoa - Que peça de artesanato português terias em tua casa? Uma jarra de barro de Bisalhães (Adoro!) - Uma sugestão para que o turismo em portugal evolua sempre com qualidade. Eu penso que o único caminho possível para um desenvolvimento de turismo de qualidade, passa por uma melhor articulação entre o Turismo de Portugal, Governo e uma regulação de todas as actividades que lhe estejam afectas. - Danças ao som de que música portuguesa? Dançar não é comigo, confesso que até gostava e dava jeito nos casamentos e estou na idade deles, mas é mesmo só ouvir... e neste momento não tenho uma verdadeira referência musical nacional. - Em que línguas trabalhas e como podemos reservar um passeio contigo? Espanhol, Alemão, Inglês e Italiano, ainda aprendi durante vários anos Indonésio mas não consegui introduzir-me no mercado; em contrapartida lido muito com chineses. Podem contactar-me via e-mail: filipedacruzalves@gmail.com

No hay comentarios:

Publicar un comentario